domingo, 26 de agosto de 2012

E-book: Inclusão digital - vivências brasileiras

Mauricio Falavigna - Inclusao Digital Vivencias Brasileiras Web Version

Lançado no ano passado, o livro Inclusão digital: vivências brasileiras, de Maurício Falavigna, busca apresentar experiências de inclusão digital no Brasil, discutindo os contextos e ideias que marcaram essa noção no país. Acima, você pode ver a versão em e-book do trabalho.

Fonte: http://blog.midiaseducacao.com/2012/08/e-book-inclusao-digital-vivencias.html

domingo, 19 de agosto de 2012

Bibliografia on-line: Redes sociais, Comunidades Virtuais e Educação

Abaixo, referências sobre os temas "Redes sociais, Comunidades Virtuais e Educação" (textos, na grande maioria, on-line). Outras indicações podem ser feitas no espaço de comentários.

ALAVA, Séraphin et al. Ciberespaço e formações abertas: rumo a novas práticas educacionais. Porto Alegre, Artmed, 2002.

ALVAREZ, Ana Maria Torres; JARA, Andréa C. Rodrigues Peine. Comunidades Virtuais: Intercâmbio de Conhecimentos X PrivacidadeColabor@ - A Revista Digital da CVA-RICESU, Vol. 4, No 13, março 2007. 

BACKES, Luciana; MENEGOTO, Daniela Brun; SCHLMMER, Eliane. Ambiente virtual de aprendizagem: formação de comunidades virtuais? Colabor@ - A Revista Digital da CVA-RICESU, Vol. 3, No 11, jul. 2006. 

BASSANI, Patrícia B. Scherer. Análise do processo de formação de comunidades virtuais de aprendizagem em espaços de educação a distânciaRevista Iberoamericana de Educación, nº 53/4, ago. 2010. 

BASSANI, Patricia. B. Scherer; ARANDA, Jorge; ALVAREZ, Daniel. Comunidades virtuais de aprendizagem em espaços de educação a distânciaXII Seminário Internacional de Educação - SIE, Feevale, Novo Hamburgo, RS, p. 222-231, 2010. 

BASSANI, Patricia. B. Scherer; LAHUDE, Vagner Felipe; LIMA, Cláudio de Lima.Interações educativas em ambientes virtuais: um estudo sobre a constituição de comunidades de aprendizagemXIX Simpósio Brasileiro de Informática na Educação - SBIE, Fortaleza, 2008. 

BIAZUS, Maria Cristina; REIMANN, Daniela. Comunidades Virtuais em 3-D: espaços multiculturais multimídia nas aprendizagens em arte16° Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores de Artes Plásticas, Florianópolis, 24 a 28 de setembro de 2007. 

BLISKA, Anita Vera. Capital social em comunidades virtuais de aprendizagem. Dissertação de mestrado em Comunicação, São Paulo, USP, 2007. 

BORGES, Marcos PereiraComunidades virtuais: competências conversacionais dos moderadores como ferramenta de construção de relacionamentos. Dissertação de mestrado em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação, Brasília, UCB, 2006. 

CARVALHO, Jaciara de Sá. Rede e Comunidades: ensino-aprendizagem pela internet. São Paulo, Instituto Paulo Freire, 2011. 

CORREIA, Marta Pinheiro Lemos. Aprendizagem e compartilhamento de conhecimento em comunidades virtuais de prática: estudo de caso na comunidade virtual de desenvolvimento de software livre Debian-BR-CDD. Dissertação de mestrado em Administração, Salvador, UFBA, 2007. 

COSTA, Adriano Medeiros; ANDRADE, Arnon Alberto Mascarenhas de. Fugindo da banalidade: o uso do Orkut como extensão da sala de aulaPrometeu, Ano I - Nº 0 - dezembro/janeiro/fevereiro de 2008/2009. 

COSTA, Rogério da. As Comunidades VirtuaisInformática na Educação: teoria & prática, v.8, n. 2, p.55-73 , jul./dez. 2005. 

D´AVILA, Cristina. Conhecimento compartilhado no espaço colaborativo das comunidades virtuais de aprendizagemRevista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, v. 13, n. 22, p. 265-273, jul./dez., 2004. 

DUTRA, Marlene de Alencar. Mediação de autorias e avaliação solidária em comunidades virtuais de aprendizagem. Dissertação de mestrado em Educação, Salvador, UNEB, 2006. 

FREIRE, Cláudia Pontes. Critérios de reputação em coletivos digitais: estudo de caso na disciplina criando comunidades virtuais de aprendizagem e de prática. Dissertação de mestrado em Comunicação, São Paulo, USP, 2009. 

FUTTERLEIB, José Antônio. Comunidades Virtuais de Aprendizagem em Física: um estudo do uso do Fórum de discussão como ferramenta de aprendizagem. Dissertação de mestrado em Ensino de Ciências e Matemática, Canoas (RS), ULBRA, 2006. 

GOZZI, Marcelo Pupim; MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. A educação a distância e as comunidades virtuais no âmbito do curso de governo eletrônica da FUNDAPVIII Encontro Internacional Virtual Educa Brasil, ocorrido em São José dos Campos – SP, 2007. 

HAETINGER, Daniela. Comunidades virtuais: convívio, colaboração e aprendizagem no ciberespaço. Monografia de especialização em Informática na Educação, Porto Alegre, UFRGS, 2005. 

LAGO, Andréa Ferreira. Comunidades virtuais e interatividade: um estudo sobre cursos on-line como espaço de (in)formação. Dissertação de mestrado em Ciência da Informação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2005. 

LIMA, André Ladeira Rodrigues. Comunidades Virtuais de Aprendizagem Colaborativa: os docentes em um novo espaço de construção de conhecimento. Dissertação de mestrado em Educação, Petrópolis, RJ, UCP, 2008. 

LIMA, Maria de Fátima Webber do Prado; WEBBER, Carine Geltrudes. A Formação de grupos em ambientes digitais/virtuais. In: VALENTINI, Carla Beatris; SOARES, Eliana Maria do Sacramento (org.). Aprendizagem em ambientes virtuais:compartilhando ideias e construindo cenários. Caxias do Sul, RS, Educs, p. 192-210, 2010. 

MACHADO, Joicemegue Ribeiro; TIJIBOY, Ana Vilma. Redes Sociais Virtuais: um espaço para efetivação da aprendizagem cooperativaNovas Tecnologias na Educação - CINTED-UFRGS, V. 3 Nº 1, Maio 2005. 

MEDEIROS, Leila Lopes de. Comunidades virtuais de educadores: um espaço virtual de construção da prática docente. Dissertação de mestrado em Educação, Niteroi (RJ), UFF, 2005. 

MORAES, Márcia Cristina. Criação de Projetos e Comunidades Virtuais a partir da Pesquisa em Sala de AulaXXVII Congresso da SBC / XII Workshop sobre Informática na Escola, Rio de Janeiro, 30 jun. a 06 jul. 2007. 

OKADA, Alexandra Lilavati Pereira; SANTOS, Edméa Oliveira dos. Comunicação educativa no ciberespaço: utilizando interfaces gratuitasRevista Diálogo Educacional, v. 4, n.13, p.161-174, set./dez. 2004. 

PALLOFF, Rena M.; PRATT, Keith. Construindo Comunidades de Aprendizagem no Ciberespaço: estratégias eficientes para salas de aula on-line. Porto Alegre, Artmed, 2002.

POSSO, Adriana da Silva. A produção de significados em um ambiente virtual de aprendizagem: utilizando a teoria da ação mediada para caracterizar a significação dos conceitos relacionados à solubilidade dos materiais. Dissertação de mestrado em Educação, São Paulo, USP, 2010. 

QUEIROZ, Vera Cristina. Curso em ambiente virtual de aprendizagem: canteiro para germinação de comunidade de aprendizagem on line. Tese de doutorado em Educação, São Paulo, USP, 2005. 

RHEINGOLD, Howard. A comunidade virtual. Lisboa, Gradiva, 1996.

RETTORI, Annelisse; GUIMARÃES, Helen. Comunidades Virtuais de Aprendizagem - CVAs: uma visão dos ambientes interativos de aprendizagemRevista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 13, n. 22, p. 305-312, jul./dez., 2004.

RICHTER, Renato Mauro. Redes sociais e comunidades virtuais de professores. Dissertação de mestrado em Tecnologia, São Paulo, CEET Paula Souza, 2011. 

RIVAS, Teobaldo. Objetos de aprendizagem no contexto das comunidades virtuais auto-organizadas para a produção de software livre e de código aberto. Tese de doutorado em Engenharia de Produção, São Carlos (SP), USP, 2009. 

SANTOS, Fernão Reges dos. Comunidades virtuais baseadas em vídeo digital:uma proposta de conteúdo adaptativo pautada em redes de aprendizagem e agentes inteligentes. Dissertação de mestrado em Engenharia Elétrica, São Paulo, UPM, 2010. 

SCHLEMMER, Eliane. A aprendizagem em mundos virtuais: viver e conviver na virtualidadeUNIrevista, Vol. 1, n° 2, abril 2006. 

SILVA, Maristela Jesus da. Barreiras à participação em comunidades virtuais. Dissertação de mestrado em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação, Brasília, UCB, 2007. 

SILVEIRA, Patrícia Grasel da S. Virtualização do conhecimento na formação de professores: estudos na educação a distância. Dissertação de mestrado em Educação, Porto Alegre, UFRGS, 2011.

STAROBINAS, Lilian. Interação de professores em fóruns eletrônicos: um estudo de caso do programa Educar na Sociedade da Informação. Tese de doutorado em Educação, São Paulo, USP, 2008. 

TABOADA, Mariana. Comunidades virtuais e a metáfora do ciberespaço: das esperanças na Internet ao individualismo em rede. Dissertação de mestrado em Comunicação, Rio de Janeiro, UFRJ, 2005. 

TJARA, Sanmya F. Comunidades Virtuais: um fenômeno na sociedade do conhecimento. 1ª ed. São Paulo, Érica, 2002.

VALENTINI, Carla Beatris; SOARES, Eliana Maria do Sacramento (org.).Aprendizagem em ambientes virtuais: compartilhando ideias e construindo cenários. Caxias do Sul, RS, Educs, 2010. 

VALENTINI, Carla Beatris; FAGUNDES, Léa da Cruz. Comunidade de aprendizagem: a constituição de redes sociocognitivas e autopoiéticas em ambiente virtual. In: VALENTINI, Carla Beatris; SOARES, Eliana Maria do Sacramento (org.).Aprendizagem em ambientes virtuais: compartilhando ideias e construindo cenários. Caxias do Sul, RS, Educs, p. 33-44, 2010. 

VIEIRA, Leandro Maurício Medeiros. Comunidades virtuais: um estudo do caso nos cursos de pós-graduação do NAVI/EA/UFRGS. Dissertação de mestrado em Administração, Porto Alegre, 2007.

Fonte: http://blog.midiaseducacao.com/2012/08/bibliografia-on-line-redes-sociais.html

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Educação a distância vale a pena?


De 2000 para cá, a chamada EAD cresceu 45.000% em números de alunos no país. Muita gente, no entanto, ainda fica de pé atrás com quem tirou diploma de Pedagogia ou Licenciatura nessa modalidade de ensino. Para avaliar se isso é puro preconceito, veja o que é mito e verdade nessa área.


1) Qualidade pedagógica

[MITO]  O diploma é fácil
Para começar, vale lembrar que o tempo de duração do curso é o mesmo que na modalidade presencial. Carlos Eduardo Bielschowsky, secretário de Educação a distância do MEC, diz que os diplomas de graduação e pós-graduação, sejam eles presenciais ou a distância, são equivalentes. "Por lei, exigimos o mesmo grau de rigorosidade em ambos." Por isso, quem acha que uma boa faculdade a distância é moleza pode acabar se frustrando com o grau de dificuldade que se apresenta e não seguir adiante. Segundo a Abed, 61,8% dos matriculados na graduação e 45% dos da pós-graduação que evadiram em 2008 alegaram como motivo não ter tido tempo para se dedicar suficientemente. O dado indica que não é nada simples dar conta do recado.

[MITO]  As avaliações não são difíceis
O nível de exigência das provas, que são discursivas, é o mesmo das aplicadas nas faculdades presenciais. Muitas vezes, elas se tornam ainda mais difíceis pelo acúmulo de conteúdos cobrados. Isso porque, num curso de qualidade, o conhecimento sobre o material complementar disponível no ambiente virtual também é avaliado. Outro ponto: imagine num único dia ser testado em várias disciplinas com base no que foi visto no semestre todo? Isso ocorre porque o MEC determina que as provas devem ocorrer nos polos presenciais, sob o olhar dos tutores da turma - se fossem feitas em casa, as chances de fraude seriam enormes. Em graduação, há uma avaliação por disciplina, obrigatoriamente. Já nas especializações, são, no mínimo, duas provas escritas. Além disso, as boas instituições pedem, em média, dois trabalhos por semana - com hora limite para a postagem na rede. Por sua natureza, a EAD apresenta uma peculiaridade: o meio eletrônico garante o registro de cada passo do aluno, dando destaque à avaliação processual. É possível saber quantas vezes ele entrou no ambiente virtual, o tempo passado em fóruns e chats e qual a qualidade dessa participação. "Conseguimos verificar durante as aulas se ele está aprendendo ou não. Cabe ao tutor avaliar o comportamento de cada um no ambiente virtual", explica Waldomiro Loyolla, coordenador técnico da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp).

[MITO]  A evasão é maior
Ao contrário. Na graduação e na pós a distância, 17% dos discentes desistem antes de se formar, enquanto nos presenciais essa taxa passa dos 21%, de acordo com o Censo de 2006 do Inep. "A evasão ocorre quando não há dedicação. Se as tarefas não são feitas em uma semana, na próxima é necessário correr muito para acompanhar. Quem não consegue colocar os estudos em dia desiste, pois percebe que não tem mais como chegar lá", explica Roberto De Fino Bentes, docente dos cursos a distância da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e consultor na área. Uma curiosidade: diferentemente do que muitas pessoas pensam, a distância da casa dos alunos em relação à sede da universidade não é um fator determinante para a evasão. Instituições com mais da metade deles vivendo fora do estado sede têm índices de evasão abaixo da média no país.

2) Rotina do aluno

[MITO]  É possível estudar quando quiser
Essa é uma das frases que mais têm sido usadas por instituições de má qualidade para atrair a clientela. Num bom programa a distância, definitivamente não se estuda apenas quando se quer. Para acompanhar as discussões sobre os conteúdos, é necessário traçar uma rotina que inclua, todos os dias, leituras obrigatórias e complementares. Além disso, é necessário participar das discussões online, com os colegas, em horários fixos ou previamente marcados pelos tutores. É bom frisar que essa participação também é levada em consideração na avaliação processual. Maria Lucia Cavalli Neder, reitora da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) - a primeira a instituir a Pedagogia a distância no país -, afirma: "Na boa graduação e pós a distância, há o acompanhamento individual pelo tutor. Ele sempre pede um feedback das atividades feitas e quem não estuda ou só estuda quando quer não consegue disfarçar: simplesmente não consegue acompanhar a turma".

[MITO]  O aluno fica isolado e não interage com os colegas
Há várias razões para afirmar que a história não é bem assim. A primeira é a exigência do MEC de que sejam organizados momentos de convivência e interação entre os colegas nos polos presenciais - o que ocorre nas atividades complementares, obrigatórias por lei, como sessões de filmes, debates e encontros, e nas provas finais. As atividades em que todos devem estar online juntos, como chats e videoconferências, é outra estratégia que garante a interatividade entre a turma. Em quase 95% dos cursos credenciados, é possível debater conteúdos e trocar ideias com os colegas. "Os trabalhos semanais também costumam ser realizados em grupo e deve-se usar a rede para combinar o desenvolvimento deles e as datas de reunião", ressalta Bentes. Outro fator que contribui para a interação é que a organização é feita em turmas em quase metade das instituições. Dessa forma, durante anos, os mesmos alunos seguem juntos, o que os aproxima - como em qualquer faculdade. Por fim, as boas instituições incentivam a organização de grupos de estudo sobre temas específicos. Assim, os alunos aprofundam os conhecimentos trocando informações com os colegas.

[MITO]  A dedicação exigida é menor
Não há como estudar menos se o curso é bem planejado, rico em material básico e complementar, e se professores, tutores e estudantes participam de várias atividades para construir o conhecimento coletivamente. Numa pesquisa feita no ano passado com três universidades privadas de Santa Catarina, Santos constatou que os alunos a distância liam, em média, 3 mil páginas por ano só de conteúdo básico estruturado (sem contar o material complementar). O estudo feito por Dilvo Ristoff em 2006 também incluía um item sobre o tempo de estudo diário necessário para dar conta dos conteúdos propostos. A média ficou em mais de três horas por semana. Sem um professor ao lado diariamente para dar resposta a suas dúvidas na hora, como ocorre normalmente em uma aula presencial, os alunos precisam se dedicar à pesquisa. Consultar várias fontes é essencial para que eles possam seguir adiante em suas atividades até que o tutor retome com ele o conteúdo.

[VERDADE]  Quem é disperso não se dá bem
Não tem jeito: quem é pouco comprometido ou necessita de alguém cobrando o tempo inteiro para que estude não pode fazer uma faculdade a distância. "É necessário ter um método de estudo e um compromisso com a própria aprendizagem", acredita Bentes, da UFPR. Pesquisa da Abed com 93 pessoas que evadiram apontou como principal motivo a dificuldade de controlar o próprio tempo e se dedicar aos estudos. "A Educação a distância requer leitura e interpretação de textos e ter concentração é básico para essas tarefas mesmo que o curso seja presencial", completa Bentes.

[MITO]  Não é preciso sair de casa
Ir aos polos presenciais é necessário, uma informação que a maioria dos interessados na modalidade desconhece. Tanto que em graduação e pós-graduação o curso precisa ser semipresencial para que seja reconhecido pelo MEC. É claro que a presença não é exigida com frequência, mas são diversas as atividades que obrigam a sair da frente do computador. Avaliações, trabalhos em grupo, aulas em laboratório, busca de materiais de apoio e videoconferências via satélite são algumas delas. De acordo com o levantamento da Abed, cerca de 50% das instituições utilizam vídeos exibidos nos polos como material pedagógico. Além disso, mais de 90% dos cursos têm bibliotecas tradicionais, enquanto apenas 50% dispõem de acervo virtual. Dessa forma, muitas vezes se tem de buscar os livros para estudo - o que se torna uma dificuldade para quem está bem longe dos polos. É preciso lembrar que quem optou por Pedagogia e Licenciatura nas diversas disciplinas deve cumprir a mesma carga horária de estágio que os matriculados na modalidade presencial. "Eles precisam ir a uma escola da rede pública ou privada e desenvolver com a garotada da Educação Básica as atividades propostas pelo tutor", explica Alda Luiza Carlini, docente do Departamento de Tecnologia da Educação da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Ainda segundo ela, os futuros professores têm a tarefa de registrar o andamento dos trabalhos realizados em sala e trocar com o responsável pela turma informações sobre o desenvolvimento de cada criança.

3)  Perspectivas para o formado

[MITO]  Os alunos aprendem menos do que no curso presencial
Com os resultados do Enade de 2006, essa ideia caiu por terra. A Pedagogia foi um dos que apresentaram melhor desempenho na modalidade a distância do que na presencial. Ou seja, os alunos aprenderam. O que importa sempre, então, é verificar se o programa tem qualidade - do mesmo modo que se dá a escolha por uma faculdade presencial. É preciso verificar se professores e tutores são qualificados, se o material didático é rico e bem produzido, se a tecnologia é usada a favor da aprendizagem, se as respostas a dúvidas são rápidas e se existe uma estrutura presencial que seja condizente com a área em questão - incluindo laboratórios específicos para cada área e bibliotecas. José Armando Valente, pesquisador do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) reitera: "Se o curso é bom e o estudante é empenhado, organizado e proativo, não há como não aprender".

[VERDADE]  É mais difícil conseguir emprego
Ainda há um grande preconceito contra o EAD. Em parte, ele pode ser explicado pelo pouco tempo de existência dela na graduação. "O mercado não conhece os formados a distância e há um desconhecimento muito forte sobre a qualidade dos cursos", acredita Ymiracy de Souza Polak. A lei garante que nos certificados do Ensino Superior não venha especificado que a formação foi feita a distância. O Conselho Federal de Biologia, por exemplo, havia vetado o registro profissional de alunos graduados a distância, medida revogada pela Justiça Federal. Entretanto, numa entrevista de emprego, isso pode pesar na escolha. Até mesmo entidades oficiais declaram não concordar com a formação semipresencial. "Não achamos bom para a Educação que professores façam a primeira faculdade a distância. Para que a formação inicial tenha verdadeiramente qualidade e prepare o professor para a prática de sala de aula, ela precisa ser presencial", acredita Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e membro do Conselho Nacional de Educação. Segundo ela, o tema foi debatido nas etapas intermunicipal e estadual da Conferência Nacional de Educação, e essa foi a opinião da maioria dos integrantes. Já o presidente da Associação Brasileira dos Estudantes de EAD, Ricardo Holz, considera que o controle de qualidade dos cursos é papel do Ministério da Educação. Para ele, um dos casos mais problemáticos de discriminação foi a não aceitação de formados em EAD em concursos públicos para cargos de magistério da Prefeitura de São Paulo. "Hoje, a prefeitura paulistana é obrigada a aceitar por uma liminar do Ministério Público, pois não existe distinção legal entre os cursos presenciais e a distância", afirma Holz. Um dado curioso: em alguns países da Europa, onde a EAD têm tradição e qualidade, além de serem constantemente avaliados pelo governo, os profissionais formados dentro dessa modalidade estão entre os mais disputados. Os motivos são simples. Eles se dedicam mais aos estudos, são autônomos, sabem se organizar melhor, resolvem problemas inesperados com mais agilidade e estão em busca de oportunidades para crescer.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-inicial/vale-pena-entrar-nessa-educacao-distancia-diploma-prova-emprego-rotina-aluno-teleconferencia-chat-510862.shtml?page=1

Teste: você tem o perfil do aluno da Educação a distância?


1. Antes de estudar, você geralmente:

 faz um plano de estudos e um cronograma para cumpri-lo
 dá uma olhada nos conteúdos e seleciona o que tem mais dificuldade
 prioriza e seleciona os conteúdos em que tem mais facilidade

2. Quando acessa a internet para estudar, você:

 se atém apenas às páginas relativas aos conteúdos
 se dispersa com sites de relacionamento e afins
 até entra em sites de relacionamento, mas não deixa de estudar por causa disso

3. Como você reserva tempo para estudar?

 Estabeleço, no cronograma, uma rotina diária ou semanal
 Estudo quando dá
 Procuro estudar conforme as datas das provas e das entregas de trabalho

4. Se você tem uma dúvida, mas não há quem a tire no momento, o que faz?

 Pesquiso possíveis respostas e depois procuro o professor para me ajudar
 Deixo a dúvida para lá e passo para a frente
 Espero até o professor estar disponível para me responder

5. Como aluno você:

 costuma buscar referências sobre os assuntos e compartilhá-las com colegas e professor
 se atém aquilo que o professor e os colegas abordam
 só traz novas referências se o assunto em questão é de seu interesse

6. Em relação à leitura, você:

 adora ler e acha que é a forma mais eficiente de se estudar
 detesta ler e só o faz quando é necessário
 até lê, mas menos do que deveria

7. Na hora de digitar, você:

 não tem problemas e o faz de forma rápida e eficiente
 se enrola pois não tem muita prática
 escreve apenas o essencial

8. A sua relação com o computador é:

 uso para tudo e tenho facilidade
 complicada, pois não sei usar os recursos
 não gosto e só uso quando é preciso

9. Qual a sua maior dificuldade quando pensa em estudar?

 achar um bom curso que seja perto da minha casa
 falta de tempo
 não sei se é o momento ainda

O melhor do computador na educação


Só ter equipamentos na escola não basta. Confira aqui o que ajuda no aprendizado e o que serve apenas para agradar aos pais

Ana Rita Martins 
PRODUÇÃO NA WEB Projeto de site dos alunos do Colégio Joana D’Arc, em São Paulo, é focado no conteúdo curricular. Foto: Reprodução
PRODUÇÃO NA WEB Projeto de site dos alunos do Colégio  Joana D’Arc, em São Paulo, é focado no conteúdo curricular. Foto: Reprodução
Quando perguntados sobre quais atividades extracurriculares gostariam que a escola oferecesse, os pais de estudantes de escolas públicas da capital paulista foram categóricos: cursos de computação, disseram 36% dos entrevistados. Os dados da pesquisa - realizada pelo Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial em parceria com a Fundação Victor Civita - revelam a expectativa que há em torno da sala de informática. Porém apenas ter um espaço bem montado não basta.

"A tecnologia deve ser utilizada para apresentar e aprofundar conteúdos curriculares. Usar o computador somente para ensinar programas de informática é desperdício", diz o pedagogo Wagner Antônio Júnior, coordenador do Projeto de Apoio Pedagógico Informatizado da Faculdade de Agudos, a 410 quilômetros de São Paulo. O ideal é estabelecer objetivos pedagógicos para que as atividades tenham foco e fazer do laboratório uma extensão da sala de aula.
Para isso, a internet nem sempre é imprescindível. José Junio Lopes, coordenador do laboratório de informática do Colégio Joana D’Arc, em São Paulo, exemplifica: "O aluno pode fazer apresentações em slides, usar editores de texto e elaborar planilhas e gráficos. Essas ferramentas de aprendizado não requerem a rede mundial de computadores".

Com ou sem a rede, o fato é que o planejamento é fundamental. "Definir as ações que serão feitas no computador é tão importante quanto ser criativo na hora de elaborar a aula", salienta a professora Antonia Lucélia Mariano, de Juazeiro do Norte, a 565 quilômetros de Fortaleza, ganhadora do prêmio Educarede de Internet e Inovação Pedagógica, promovido pela Fundação Telefônica.

Para ajudá-lo a planejar e acabar com os equívocos sobre o uso do computador na sala de aula, NOVA ESCOLA elaborou os quadros da página ao lado. No primeiro, estão atitudes e procedimentos para fazer do computador um aliado. No segundo, os que comprometem qualquer projeto de informatização escolar.

Assim dá certo
1 Escolher conteúdos Eleger e estudar os conteúdos que serão apresentados ou aprofundados na sala de informática é essencial para que a aula seja objetiva e produtiva. Além disso, faz com que o professor se sinta mais seguro na hora da aula.

2 Selecionar programas Com o conteúdo escolhido, é hora de encontrar os programas e sites mais apropriados para atingir as metas de aprendizagem. Se a aula é de redação, um editor de textos é uma boa opção.

3 Fazer o roteiro da aula Todas as atividades precisam ser bem estruturadas e bem planejadas, prevendo momentos de pesquisa, de visualização do conteúdo estudado e de troca de informações. Isso evita a dispersão.

4 Incentivar a interação Os alunos devem interagir para construir conhecimento. Para tanto, que tal criar blogs, e-mails e fóruns?

5 Usar jogos educativos Os desafios propostos pelos softwares e jogos virtuais estimulam os jovens e complementam a aula de forma lúdica.

6 Explorar o audiovisual 
A internet e os programas educativos oferecem vídeos e animações que favorecem o aprendizado. Use-os!

7 Permitir que o aluno crie Publicar textos em blogs ou sites e fazer apresentações em slides torna o estudante produtor de conteúdo e de conhecimento.

8 Evitar a desatenção 
Para a turma não perder o foco da aula, vale bloquear o acesso a sites de relacionamento, salas de bate-papo e programas de mensagens que não sejam coerentes com o conteúdo ensinado.

9 Criar espaço lúdico Todos precisam ficar à vontade na sala de informática. Por isso, coloque nas paredes cartazes, mapas, ilustrações e trabalhos dos alunos, criando um ambiente acolhedor e rico em informações.

10 Preparar-se bastante Você se sentirá mais seguro na sala de informática se aprender a usar a máquina, a internet e os programas básicos. Além disso, terá melhores resultados.
Assim não dá
1 Dar aula só de informática
O objetivo das aulas na sala de informática não deve ser formar técnicos, mas melhorar o aprendizado. Por isso, evite o uso do espaço apenas para ensinar a operar programas.

2 Não ter planejamento A falta de objetivos claros faz com que tanto professor como alunos percam o foco, comprometendo o aprendizado.

3 Achar que a turma sabe tudo Embora os jovens sejam espertos quando o assunto é informática, é um erro supor que todos dominem as ferramentas com a mesma destreza. Não deixe de ensinar como operar os programas básicos. Dessa forma, os menos plugados conseguirão acompanhar as aulas.

4 Usar a sala para distração Computador na escola tem de estar voltado somente para a aprendizagem. Se a garotada usar o laboratório no período entre aulas, vai associá-lo somente ao lazer.

5 Liberar o entretenimento Sites de relacionamento, download de músicas e jogos eletrônicos dispersam o aluno durante a aula

6 Deixar os alunos sozinhos Sem mediação, eles iniciarão bate-papos e ainda poderão acessar conteúdos impróprios.

7 Censurar demais 
Se for para encontrar páginas e ferramentas sobre o tema da aula, não cerceie a liberdade da turma na hora de navegar na internet.

8 Ter poucas máquinas 
As atividades ficam prejudicadas quando os estudantes não usam o computador de forma igualitária. O ideal é ter um equipamento para cada dois alunos. Assim, todos terão a chance de operá-lo durante a aula.

9 Ver o micro como rival Se você tiver medo da tecnologia e dos avanços que ela traz, jamais vai enxergá-la como uma fonte de conhecimento e informação. Quando bem utilizada, a tendência é que ela vire aliada, em vez de concorrente.

10 Usar equipamento ruim Computadores muito lentos e defasados sempre causam frustração e perda do interesse por parte dos alunos. Evite-os.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/planejamento/melhor-computador-450791.shtml

domingo, 12 de agosto de 2012

Como a tecnologia vai mudar a sala de aula?


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BETT Show 2012

Conheça as inovações apresentadas na BETT Show 2012, a maior feira de tecnologia e Educação do mundo, realizada em janeiro, em Londres.  

A editora Paola Gentile foi até lá para conferir todas as novidades. Leia seu artigo participe da enquete sobre o uso de tecnologias em sala de aula.

As tecnologias favorecem ou atrapalham a interação?

Todos os anos, professores, gestores e entusiastas da tecnologia em Educação voltam seus olhos para os lançamentos da Bett Show. Realizado num enorme centro de eventos em Londres, na Grã-Bretanha, o evento é uma das maiores feiras mundiais sobre o tema. Estive por lá entre os dias 11 e 14 de janeiro, acompanhando as últimas novidades da tecnologia em sala de aula.

Não há como não voltar deslumbrada com todos os aplicativos, softwares e hardwares desenvolvidos com o objetivo de facilitar a aprendizagem. Jogos em todas as disciplinas fazem a festa das crianças - e também dos professores que acham que esse é o caminho para "motivar" os alunos. Imagens em 3D revelam o corpo humano e dos animais e a estrutura dos demais seres vivos e levam as turmas para um estudo de campo de ecossistemas como o fundo do mar e uma caverna - tudo sem sair da sala de aula.

Mas um ponto polêmico - não colocado abertamente durante as discussões na Bett2012, mas deixado no ar - diz respeito ao fator interação quando a tecnologia invade a sala de aula. Alguns professores têm usado a tecnologia para se aproximar das turmas, como Emma Chandler, professora de Estudos Sociais da Emerson Park School, em Londres. Ela usa o Twitter para se comunicar com os alunos justamente por ter percebido que era a ferramenta predileta de comunicação entre eles. Manda de três a quatro mensagens por aula, com o plano de aula do dia, questões simples para verificar o conhecimento sobre determinado conteúdo e notícias relacionadas ao tema. "Os mais tímidos passaram a se comunicar mais comigo", afirmou ela, que ainda coordenou um texto coletivo para o jornal da escola cujos trechos eram enviados pela rede social. O trabalho em grupo, portanto, foi intermediado pela ferramenta, com pouco contato direto entre os colegas.

O uso de animações em 3D, em que todas as informações são facilmente acessadas e visualizadas com perfeição e realismo, praticamente prescinde da presença do educador para a compreensão do conteúdo. Estudo realizado em sete países entre outubro de 2010 e maio de 2011, por pesquisadores da Universidade de Londres, comparou o rendimento de duas categorias de estudantes. Os que estavam nas turmas em que o professor usou 3D para ensinar corpo humano melhoraram suas notas em 86% (contra os 52% registrados no grupo de controle, que só usou ferramentas em 2D), apreenderam as informações em menos tempo, lembravam de mais detalhes e davam respostas mais elaboradas em questões abertas. E o papel do professor, nesse caso, foi apenas disponibilizar o acesso à ferramenta e fazer a avaliação.

Steve Bunce, consultor em tecnologia da Educação do Reino Unido, está convicto de que a saída para esse dilema é o educador se tornar um questionador: "Em vez de explicar o conteúdo, ele vai criar as perguntas sobre o mundo real e os problemas globais para serem respondidas pelos alunos, que, por sua vez, com a tecnologia, podem ir sozinhos atrás das informações e trazer as soluções. É assim que se educa cidadãos com autonomia para aprender."

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/tecnologia-favorece-ou-atrapalha-interacao-668165.shtml



quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Um guia sobre o uso de tecnologias em sala de aula

Um painel para todas as disciplinas mostra quando - e como - as novas ferramentas são imprescindíveis para a turma avançar

Por: Amanda Polato

Recursos didáticos.Como usar a tecnologia na sala de aula.










TICs, tecnologias da informação e comunicação. Cada vez mais, parece impossível imaginar a vida sem essas letrinhas. Entre os professores, a disseminação de computadores, internet, celulares, câmeras digitais, e-mails, mensagens instantâneas, banda larga e uma infinidade de engenhocas da modernidade provoca reações variadas. Qual destes sentimentos mais combina com o seu: expectativa pela chegada de novos recursos? Empolgação com as possibilidades que se abrem? Temor de que eles tomem seu lugar? Desconfiança quanto ao potencial prometido? Ou, quem sabe, uma sensação de impotência por não saber utilizá-los ou por conhecê-los menos do que os próprios alunos?

Se você se identificou com mais de uma alternativa, não se preocupe. Por ser relativamente nova, a relação entre a tecnologia e a escola ainda é bastante confusa e conflituosa. NOVA ESCOLA quer ajudar a pôr ordem na bagunça buscando respostas a duas questões cruciais. A primeira delas: quando usar a tecnologia em sala de aula? A segunda: como utilizar esses novos recursos?

Dá para responder à pergunta inicial estabelecendo, de cara, um critério: só vale levar a tecnologia para a classe se ela estiver a serviço dos conteúdos. Isso exclui, por exemplo, as apresentações em Power Point que apenas tornam as aulas mais divertidas (ou não!), os jogos de computador que só entretêm as crianças ou aqueles vídeos que simplesmente cobrem buracos de um planejamento malfeito. "Do ponto de vista do aprendizado, essas ferramentas devem colaborar para trabalhar conteúdos que muitas vezes nem poderiam ser ensinados sem elas", afirma Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA.

Da soma entre tecnologia e conteúdos, nascem oportunidades de ensino - essa união caracteriza as ilustrações desta reportagem. Mas é preciso avaliar se as oportunidades são significativas. Isso acontece, por exemplo, quando as TICs cooperam para enfrentar desafios atuais, como encontrar informações na internet e se localizar em um mapa virtual. "A tecnologia tem um papel importante no desenvolvimento de habilidades para atuar no mundo de hoje", afirma Marcia Padilha Lotito, coordenadora da área de inovação educativa da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI). Em outros casos, porém, ela é dispensável. Não faz sentido, por exemplo, ver o crescimento de uma semente numa animação se podemos ter a experiência real.

As dúvidas sobre o melhor jeito de usar as tecnologias são respondidas nas próximas páginas. Existem recomendações gerais para utilizar os recursos em sala (veja os quadros com dicas ao longo da reportagem). Mas os resultados são melhores quando é considerada a didática específica de cada área. Com o auxílio de 17 especialistas, construímos um painel com todas as disciplinas do Ensino Fundamental. Juntos, teoria, cinco casos reais e oito planos de aula (três na revista e cinco no site) ajudam a mostrar quando - e como - computadores, internet, celulares e companhia são fundamentais para aprender mais e melhor.
Nove dicas para usar bem a tecnologia

O INÍCIO  Se você quer utilizar a tecnologia em sala, comece investigando o potencial das ferramentas digitais. Uma boa estratégia é apoiar-se nas experiências bem-sucedidas de colegas.

O CURRÍCULO  No planejamento anual, avalie quais conteúdos são mais bem abordados com a tecnologia e quais novas aprendizagens, necessárias ao mundo de hoje, podem ser inseridas.

O FUNDAMENTAL  Familiarize-se com o básico do computador e da internet. Conhecer processadores de texto, correio eletrônico e mecanismo de busca faz parte do cardápio mínimo.

O ESPECÍFICO  Antes de iniciar a atividade em sala, certifique-se de que você compreende as funções elementares dos aparelhos e aplicativos que pretende usar na aula.

A AMPLIAÇÃO  Para avançar no uso pedagógico das TICs, cursos como os oferecidos pelo Proinfo (programa de inclusão digital do MEC) são boas opções.

O AUTODIDATISMO  A internet também ajuda na aquisição de conhecimentos técnicos. Procure os tutoriais, textos que explicam passo a passo o funcionamento de programas e recursos.

A RESPONSABILIDADE
  Ajude a turma a refletir sobre o conteúdo de blogs e fotologs. Debata qual o nível de exposição adequado, lembrando que cada um é responsável por aquilo que publica.

A SEGURANÇA  Discutir precauções no uso da internet é essencial, sobretudo na comunicação online. Leve para a classe textos que orientem a turma para uma navegação segura.

A PARCERIA  Em caso de dúvidas sobre a tecnologia, vale recorrer aos próprios alunos. A parceria não é sinal de fraqueza: dominando o saber em sua área, você seguirá respeitado pela turma.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/avulsas/223_materiacapa_abre.shtml