domingo, 12 de outubro de 2014

Caminhos da linguagem: uma visão transdisciplinar - lançamento de livro

A ideia de escrever este livro surgiu durante o Curso de Mestrado em Letras da terceira turma do PPG Letras UniRitter, Porto Alegre. A intenção inicial era convidar os colegas dessa turma, após defesa, para integrarem uma coletânea de artigos em que cada mestre escrevesse sobre seu assunto da dissertação, pois não nos parecia coerente que após um árduo trabalho de leituras, pesquisas e análises nosso trabalho virasse um livro de um único volume que, possivelmente, ficaria guardado em uma gaveta.

Caminhos da linguagem: uma visão transdisciplinar, o tema abordado por cada escritor surgiu a partir de inquietações observadas ao longo da experiência profissional, e em alguns casos, pessoal, vivenciada pelo autor. A singularidade deste trabalho está na diversidade profissional dos autores que compõem a obra. São profissionais da área educacional, pedagógica, jurídica, psicológica e militar, mas que estão unidos por um fio condutor único – o estudo da linguagem. E foi desta pluralidade que resultou esta obra, uma visão transdisciplinar mediada pela linguagem.

SUMÁRIO:

COPPETTI, Lígia. Influência Cultural na Linguagem utilizada
pelos participantes em um Ambiente Virtual de Aprendizagem

COVATTI e SILVA, Katiane. Análise Crítica do Discurso: Um olhar
crítico sobre o discurso e seus padrões de acesso

FRAGA, Dinorá & PREDIGER, Angélica. A TELA: aspectos
topológicos na construção de textos verbais e não verbais

GUIMARÃES, Dirce Maria. Sobre a Mediação Docente nos
primeiros anos do Ensino Fundamental

JARDON, Manuel. A Intersubjetividade para Bakhtin e Benveniste

LEFEBVRE, Rosane. Mecanismos Reveladores da Autoria no
Trabalho com Gênero “narrativa pessoal”

MELLO, Maíra. Ações e Interações no Ensino‐Aprendizagem de
Línguas em uma Escola Regular

PIRES, Vera & KNOLL, Graziela. Dialogismo e Comunicação: um
diálogo entre Bakhtin e Jakobson e suas contribuições para os
estudos da linguagem

RAMOS, Jairo Eduardo. O Gênero Discursivo na Esfera Militar do
Exército Brasileiro

SILVEIRA, Amelina. Como a Cultura Brasileira é mostrada em
Materiais Didáticos de Língua Português para Estrangeiros

SILVEIRA, Regina & ALVES, Eva. O Mito do Silêncio e as
Narrativas

AUTÓGRAFOS

QUARTA, 05 DE NOVEMBRO . MEMORIAL DO RS - TÉRREO . 18H

CAMINHOS DA LINGUAGEM: UMA VISÃO TRANSDICIPLINAR


Ligia Sayão Lobato Coppetti
Rosane Lefebvre
Pedro e João Editores
Vendas: Banca da AGEI (Associação Gaúcha dos Escritores Independentes)
Valor: R$27,00 (já com desconto da Feira)
ou encomenda pelo e-mail: ligia.coppetti@gmail.com

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Internet e escola de mãos dadas

Os livros e cadernos, aos poucos, estão sendo substituídos por tablets. O quadro negro, que depois ficou branco, agora é digital. As aulas podem ser assistidas a distância. E a tarefa de casa pode ser feita numa rede social. O que antes parecia coisa de filme futurista tornou-se realidade.
A tecnologia está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, assim como na educação. Antes de isso tudo tornar-se tão evidente, o filósofo francês Pierre Lévy já defendia a teoria da inteligência coletiva e da cibercultura. Para ele, estamos vivendo o início de uma transformação cultural, em que a forma de construir o conhecimento é colaborativa. Lévy explica que os educadores precisam mergulhar na cultura digital, para compreender o universo dos estudantes. Além disso, ele salienta que os professores devem usar as ferramentas virtuais em benefício da educação, explorando suas singularidades e dando mais espaço para que os estudantes participem mais ativamente do processo de ensino-aprendizagem. Durante o V Congresso Internacional Conexão RCE (Rede Católica de Educação), realizado em Brasília, o filósofo conversou com a revista Gestão Educacional sobre as mudanças que precisam ser aplicadas na educação.
Gestão Educacional: Nos últimos anos, o Brasil tem se destacado no cenário econômico mundial. Infelizmente, no aspecto educacional, a situação está longe do patamar dos países desenvolvidos. Como educar para o futuro nesse cenário?
Pierre Lévy: Fico impressionado como os brasileiros têm uma ideia negativa do seu próprio país. Primeiramente, o Brasil está se transformando na quinta potência econômica do mundo, com uma taxa de crescimento muito elevada. Sim, tem analfabetismo, mas, apesar disso, há um esforço importante focado na educação. E sempre que eu venho para cá, vejo uma porção de profissionais focados, esforçados para trabalhar com educação, da educação infantil ao ensino médio. São pessoas que têm a consciência de que o futuro está nesse investimento em educação e em conhecimento. Então, não fiquem desesperados. Continuem com esse entusiasmo extraordinário que vocês têm. Claro, há problemas. E nós temos que resolvê-los com as ferramentas de hoje e com a visão do futuro. As pessoas precisam acreditar no hoje. E muitos professores têm essa visão.
Gestão Educacional: Quais são as dificuldades de usar ferramentas digitais em sala de aula?
Pierre Lévy: Não há obstáculos. Todos os estudantes têm uma habilidade extraordinária para usar esse tipo de ferramenta. Agora, os professores têm que conhecer tão bem quanto as crianças. Sobretudo, isso tem que ser utilizado numa ótica de aprendizagem colaborativa. Eu acredito que o professor precisa se capacitar, porque ele só pode ensinar aquilo que ele domina. Eu não acredito na formação do professor apenas para usar as redes sociais. O professor também tem que se esforçar. Utilizar isso para si próprio. É só uma questão de entrar nessa cultura. E de implementar o know-how pedagógico utilizando essas ferramentas.
Gestão Educacional: Podemos dizer, então, que a forma de ensinar mudará nos próximos anos?
Pierre Lévy: Sim, estamos no início de uma grande transformação cultural. Hoje, nós podemos estar em dois lugares ao mesmo tempo. O banco de dados da internet funciona como uma biblioteca única de todo o mundo. E nós podemos usar essas informações, que podem estar em outros idiomas, porque já há ferramentas que traduzem tudo para nós. Esses três processos eu chamo de ubiquidade, interconexão e manipulação automática de símbolos. Essa é a nova situação que vivemos. Isso está ligado à educação, porque temos que preparar os alunos para essa nova realidade. Mas temos que nos preparar antes de ensinar.
Gestão Educacional: E o que seria a gestão da atenção? E como ela contribui para diminuir a chamada sobrecarga cognitiva?
Pierre Lévy: A gestão da atenção não é algo que começou com as ferramentas digitais. A disciplina mental, aprender a concentrar-se, é algo que sempre foi útil e que deve também ser aplicado com essas ferramentas. Não é possível estar diante de uma tela de computador e, de uma hora para outra, esquecer o que se está fazendo e ir fazer outra coisa, de qualquer jeito. Diante do computador, é necessário controlar a sua mente e se concentrar num objetivo de aprendizagem e de colaboração. A sobrecarga cognitiva é realmente um problema falso porque é o mesmo que dizer que há livros demais em uma biblioteca. Muitos livros não provocam uma sobrecarga cognitiva. Você aprende a utilizar os arquivos da biblioteca, as fichas, a escolher um livro mais adequado com seu objetivo e você lê esse livro. A gente não vai começar a ler a primeira página, depois buscar outro livro. Na plataforma on-line acontece o mesmo. É a responsabilidade pessoal que faz a diferença.
Gestão Educacional: Mas muitos professores reclamam que os alunos ficam dispersos diante do computador ou do celular.
Pierre Lévy: Bom, eu também tenho alunos e quando eu dou aula, eles ficam olhando para o celular também. Eu sou super severo. Eu proíbo que eles olhem o celular durante a aula. Mas, em certo momento da aula, eu digo: “pronto, agora vocês podem olhar o celular”. E todos eles olham. Eu também passo um exercício. Eles podem “tuitar” alguma coisa ou eles têm que buscar alguma coisa no Google, no Wikipédia. Depois eu digo que acabou e é hora de desligar o computador e desligar o telefone. A gente precisa aprender quando ligar e desligar o aparelho, utilizando-o conscientemente. É um domínio de si próprio, uma disciplina. E essa disciplina já tem que ser ensinada desde a escola primária.
Gestão Educacional: Algumas escolas já usam o tablet como material obrigatório, substituindo livros e cadernos. Até que ponto é indispensável que cada aluno tenha o seu computador em sala de aula?
Pierre Lévy: É muito difícil manter as antigas ferramentas de leitura e de escrita durante muito tempo. Então, daqui a alguns anos, eu prevejo que o material escolar de hoje será substituído por tablet. Mas não o tablet de hoje, mas o tablet de amanhã, no qual nós teremos todos os manuais didáticos, as ferramentas de escrita, de pesquisa. Um tablet como ferramenta de trabalho. Um tablet que permita fazer anotações nas margens de livros. Coisas assim que ainda são um pouco difíceis hoje em dia. Vai ser algo mais leve e, possivelmente, até custe mais barato. Agora, uma sala de aula é difícil imaginar. A gente nem sabe como vai ficar essa noção de sala de aula completamente. Porque são questões muito complexas. Isso é um processo em curso.
Gestão Educacional: Em vários estados brasileiros, os professores estão recebendo computadores ou tablets. O que o senhor acha disso?
Pierre Lévy: Isso é muito bom. A gente não pode ensinar aquilo que a gente não sabe. Não dá pra ensinar se a gente não domina.
Gestão Educacional: As novas tecnologias podem prejudicar?
Pierre Lévy: Não. As novas mídias não têm impacto negativo. O impacto negativo acontece quando as pessoas estão expostas a coisas negativas. O problema não é a internet. É a falta de disciplina mental. Seria o mesmo que dizer que as estradas são malvadas porque matam gente. Não, na verdade são as pessoas que dirigem mal.
Gestão Educacional: Mas alguns alunos hoje já têm dificuldade de escrever, porque lidam mais com a digitação.
Pierre Lévy: Aprender a escrever é importante, claro. O que ocorre é o mesmo [que acontecia] quando as pessoas começaram a ter calculadoras. Antes, todos faziam o cálculo mental. Hoje, ficam sem saber se não tiverem a calculadora do lado. No futuro, a maioria das pessoas vai escrever e ler com essa nova ferramenta.
Gestão Educacional: Como o senhor usa as redes sociais com os seus alunos?
Pierre Lévy: Por exemplo, todos os meus alunos têm Facebook. Mas geralmente eles não conhecem a funcionalidade grupo. O que fazemos é o seguinte: formamos um grupo e, a cada semana, cada um tem que postar alguma coisa. Um vídeo, um link relacionado ao tema da aula. Os outros têm que ler o que o colega enviou e comentar, discutir junto. Então, eles alimentam o grupo e eles aprendem a discutir. Se um postar alguma coisa que o outro já postou, ele fica com uma nota ruim porque significa que ele não prestou atenção nos outros. Também não pode fazer uma pergunta que já foi respondida. Eu tento ensinar a economia na comunicação para que não percam tempo. São coisas assim, que se tornam úteis.
Gestão Educacional: Isso seria a inteligência coletiva?
Pierre Lévy: Sim. A própria internet é uma memória de produção coletiva. De certa forma, isso sempre existiu, porque o que conhecemos hoje é uma herança do que já foi feito. A escola do futuro será a escola social, onde a aprendizagem será colaborativa. Não é que a escola de hoje deixará de existir. É uma camada que complementa a outra. Logo, temos que educar visando esse novo comportamento, através de uma pedagogia de aprendizagem coletiva permanente.
Gestão Educacional: E como os professores podem orientar os alunos?
Pierre Lévy: Primeiro, devem ensinar sobre responsabilidade social para a memória coletiva. Tudo o que você posta na internet contribui para a memória coletiva. Segundo, é preciso ter um espírito crítico. Os alunos devem saber separar as fontes boas e as fontes ruins, porque um mesmo evento pode ser contado de diversas formas. Depois vem a gestão da atenção, como já citei. Outra coisa importante é a necessidade de produzir para assimilar. É a transformação da informação em conhecimento.
Gestão Educacional: Como serão os alunos do futuro?
Pierre Lévy: Serão pessoas criativas, abertas, colaborativas e, ao mesmo tempo, terão a capacidade de se concentrar, porque terão uma mente disciplinada. É necessário ter um equilíbrio entre dois aspectos: o primeiro é a imensidão de informações, contatos, colaborações. O outro é o aspecto de planejamento, realização de projetos, disciplina mental.

Fonte: http://www.gestaoeducacional.com.br/index.php/reportagens/entrevistas/115-internet-e-escola-de-maos-dadas

O potencial educativo dos celulares na educação

Os profissionais mais tradicionais ainda consideram os celulares “inimigos” da sala de aula, no entanto, muitos educadores e organizações tem percebido seu potencial. Em 2013 a Unesco publicou um guia com 10 recomendações para os governos desenvolverem políticas públicas que utilizem os celulares como recursos na sala de aula.

Esse guia foi apresentado na Mobile Learning Week, realizada em Paris, e teve como principal justificativa o fato de muitas instituições não saberem como utilizar essas novas tecnologias, apesar de a considerarem importantes. Foi no evento que os coordenadores da Unesco Brasil constataram que no país os professores possuem grande resistência ao uso dos aparelhos, pois eles próprios ainda não estão familiarizados com eles. Assim, definiram que o primeiro passo seria disseminar sua utilização na educação: tanto nos cursos presenciais, quanto nos realizados à distância, o que pode ser relativamente fácil, já que de acordo com estudo publicado pela GlobalWebIndexdois em cada cinco jovens brasileiros com idades entre 16 e 24 anos já passam mais de 2 horas ao dia navegando na internet nesses aparelhos.

As vantagens que os celulares podem ter no ensino já vem sendo estudadas há um tempo. A mestre em Educação Adriane Higuchi pesquisou o tema em sua dissertação de mestrado, realizada pelo Mackenzie, acompanhando uma turma de 15 alunos de uma escola pública de Mogi das Cruzes (SP), com o objetivo de identificar como o uso do aparelho de celular pode motivar e auxiliar no aprendizado. Uma das cenas que registrou foi o envolvimento e colaboração dos alunos na sala de aula: a professora da classe não possuía habilidade no manuseio de computadores e outros eletrônicos, no entanto, para exemplificar a matéria sobre os conflitos religiosos na Irlanda do Norte teve a ideia de apresentar aos alunos uma música da banda irlandesa U2. Como não possuía a gravação da música, levou à classe somente a letra impressa. Os alunos se interessaram de imediato e foram incentivados pela professora a procurar a canção em seus celulares. A iniciativa teve ótimos resultados. A professora percebeu o envolvimento e engajamento dos estudantes, inclusive dos com maiores problemas de disciplina, e também se surpreendeu quando os celulares foram espontaneamente desligados, para que a aula prosseguisse sem distrações.

Para Rafael Sanchez, Diretor dos Polos de Apoio do Centro Universitário UNINTER nas cidades de Bauru, Lençóis Paulista e Pederneiras, situações como esta tendem a se tornar cada vez mais comum, já que os celulares apresentam muitas possibilidades, como a “ampliação dos suportes de pesquisa e velocidade”. O diretor ressalta que antigos hábitos, como ir a bibliotecas e procurar por assuntos, página por página, nos livros, estão sendo modificados: “hoje só é necessário um clique e pronto, a grande maioria das informações estão disponíveis”, conta.  De acordo com Adriane essa característica é reforçada pelo fato da nova geração de alunos, criada no ambiente digital, impor uma nova cultura, que altera o modo como a sociedade e os indivíduos interagem.

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“O maior desafio está relacionado à necessidade do professor se libertar dos processos tradicionais de ensino-aprendizagem”, conta o Diretor Rafael Sanches
Característica também percebida pela professora de informática Tania Knittel, que leciona em uma escola particular de São Paulo. “Não há como fugir, em todas as matérias é possível utilizar esses aparelhos dentro da programação da aula, o que faz com que os laboratórios se tornem obsoletos”. Ela acredita que devido ao contexto digital atual, no futuro, o laboratório de informática desaparecerá.

Tania também realiza um mestrado sobre a utilização de dispositivos móveis dentro da sala de aula e destaca que na pesquisa realizada com os alunos o que mais surpreendeu foi o fato de eles próprios terem consciência dos pontos negativos e positivos dos aparelhos. Acompanhou turmas do 9º ano ao 3º colegial, elencando certas competências que deveriam ser desenvolvidas pelo uso dos celulares na sala de aula. As atividades envolviam linguagem de códigos em português, espanhol e inglês, como a criação de um áudio em inglês para um vídeo sem som, assistido pelo celular, e a montagem de uma história em quadrinhos em espanhol.

Durante as atividades os próprios alunos sugeriam aplicativos e metodologias para usar os aparelhos na aula. A ideia era incluir o aluno: “perguntamos para os alunos como gostariam de usar os celulares. Foram citados vários pontos, desde agenda para anotar atividade, até elaboração de texto, vídeo, entre outros”.

Entretanto, durante o período em que acompanhou os alunos percebeu que muitos classificavam o uso do celular como distrativo, pois recebiam muitas mensagens e tinham acesso as redes sociais, o que fazia com que durante as aulas, após o uso do dispositivo nas atividades, os alunos o colocassem no modo avião.

Tania
“Os alunos perceberam que os celulares podiam ser utilizados para outras atividades, inclusive educacionais”, afirma Tania Knittel
Mesmo com aspectos negativos, como o destacado pelos alunos na pesquisa realizada por Tania, a acessibilidade dos celulares é um dos principais atrativos do dispositivo quando pensa-se em educação. Rafael pontua que os inúmeros recursos que possui, como áudio, vídeo e outros aplicativos, o tornam um facilitador. Além disso, “a mobilidade é um grande diferencial, o que tem colaborado para que sua presença na sala de aula seja cada vez mais frequente, tanto no EAD como no ensino presencial”.

Entretanto, de acordo com  a Mestre em educação Adriane, para que seu uso seja efetivo é preciso inserir a tecnologia dentro de um contexto, com objetivos e metodologias específicas. Para o diretor Rafael esse é um dos principais desafios: “como o usuário tem acesso a tudo, é muito fácil se desconcentrar e entrar em sites de variedades ou redes sociais. Isso pode tirar o foco da atividade proposta e diminuir os resultados esperados”. Dessa maneira, a recomendação é que os professores sejam treinados, de preferência, usando tecnologias móveis. Somente com esse treinamento é possível criar estratégias pedagógicas que unem tecnologia à educação: “uma das estratégias é alternar o uso dos dispositivos com interações ‘off-line’, tanto na EaD, quanto na presencial. Assim, aproveita-se o que o celular tem de melhor, que é a facilidade de acesso e pesquisa, evitando-se a perda do foco”.

Regras

Apesar da Unesco também aconselhar a criação de políticas de uso ligadas ao aprendizado móvel, para Rafael não é preciso criar regras. Ele acredita que isso só se aplica em atividades específicas.  “Por esse motivo é muito importante o planejamento antecipado da aula e do momento que os dispositivos poderão ser utilizados”, diz.

Tania destaca que se a atividade for interessante “o próprio aluno se posiciona, não é preciso ter normas. Você não vai se distrair com outros recursos”, diz. Ela também complementa que desde que seja combinado com o aluno o uso do dispositivo, não há problemas, “o aluno segue a orientação combinada com o professor”.

O grande número de recursos e aplicativos nos celulares também podem se tornar uma ótima ferramenta para o professor: Tania acredita que esses canais possibilitam a discussão e debate sobre os conteúdos. Além disso, “muitos alunos tem utilizado os aplicativos para criar grupos de estudos, onde trocam áudio, arquivos e informações”.

O que ainda constitui um ponto limitador é o acesso à internet. “No Brasil a internet ainda não é 100%, eu tenho 4G, mas na maioria das vezes a conexão não funciona”, exemplifica a professora. Rafael também destaca a carência de algumas regiões do país. “Mesmo dentro do estado de São Paulo, não existem opções para a população contratar uma internet de banda larga, o que interfere na visualização de vídeos com grande potencial educativo”, diz.

Veja abaixo outras recomendações da Unesco para a utilização de dispositivos móveis dentro da escola:

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Fonte: http://cloud-ead.programmers.com.br/blog/o-potencial-educativo-dos-celulares-na-educacao/

O USO DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO: RECURSOS DIGITAIS INTERATIVOS EM REPOSITÓRIOS GRATUITOS

Por Flávia Maria Gomes

Resumo

Os objetos de aprendizagem (OAs) são recursos digitais que podem ser utilizados no processo de ensino e aprendizagem, na educação formal e informal. Serão analisadas algumas discussões no que remete a aprendizagem através do uso de OAs, de acordo com a aprendizagem significativa estudada por Ausubel. Deseja-se então, divulgar alguns destes ambientes para motivar ao uso e disseminar os endereços eletrônicos onde eles podem ser encontrados, já que existem variados repositórios gratuitos na internet onde estes recursos interativos podem ser acessados por qualquer pessoa. Entende-se que é necessário maior divulgação destes repositórios e utilização deles no contexto de sala de aula, uma vez que os recursos tecnológicos estão cada dia fazendo parte do dia a dia de muitos indivíduos, principalmente dos estudantes de qualquer faixa etária.
Texto completo: PDF

Fonte: http://www.sied-enped2014.ead.ufscar.br/ojs/index.php/2014/article/view/605