Iniciamos pensando sobre a preparação de uma aula, a disposição das classes, o uso do giz, do quadro, do livro como auxiliares de uma estruturação tradicional que prevê a participação passiva do aluno, com espaço de troca e discussão limitado. Com a inserção das novas TICs nas salas de aula vem os questionamentos em relação às maneiras de utilização de acordo com os objetivos desejados. Para que? Como? Utilizar um filme, um vídeo, um programa específico de computador com que proposta pedagógica? Não basta o aspecto atrativo da novidade da técnica, da aparelhagem. Como fazer dele um instrumento de cooperação no intuito de integrar idéias para uma construção solidária? Sem deixar de lado idéias, posturas distintas, ou seja, respeitando as diferenças visualizando-as como complementares, questionadoras e enriquecedoras.
Outro aspecto a ser levado em conta é a aproximação entre a vida cotidiana e o uso das tecnologias em sala de aula como um atrativo. Complementando o seu uso é incluído um questionamento do que é visto, sem deixar de lado a questão ética, sem deixar proposições ideológicas e de mercado mostrarem-se como verdades totais, fechadas. O enfoque deve ser a proposta pedagógica.
“O trabalho docente deve ser tanto como aprender a ensinar quanto como ensinar a aprender” (Raquel Barreto). Pode-se entender de que incluído na proposta pedagógica do professor está o seu Envolvimento neste processo, não apenas na aprendizagem e familiarização com as novas TICs, mas nos Objetivos e nas Maneiras como elas serão inseridas nesta proposta. Me parece que elas estão ocupando um papel central em um momento em que a essência-Educação está tendo em papel secundário.
A dimensão social da ciência e da técnica, o consumismo das tecnologias, nos leva a pensar na elaboração de que conhecimento está sendo construindo?
Que tipo de sociedade queremos e/ou que tipo de sociedade estamos colaborando na construção? Que valores estão implícitos neste momento social em que vivemos? Como professores, que valores estamos transmitindo na formação dos alunos?
Aspectos como a integração de idéias, de pessoas, a criatividade, o respeito ao individual e ao coletivo, a valorização do diferente, da potencialidade e da complexidade, nos torna capazes de produzir sentidos, de estabelecer redes de saberes, de construir Conhecimento-Emancipação. E as novas TICs são instrumentos facilitadores neste processo inacabado.
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