Iniciamos pensando sobre a preparação de uma aula, a disposição das classes, o uso do giz, do quadro, do livro como auxiliares de uma estruturação tradicional que prevê a participação passiva do aluno, com espaço de troca e discussão limitado. Com a inserção das novas TICs nas salas de aula vem os questionamentos em relação às maneiras de utilização de acordo com os objetivos desejados. Para que? Como? Utilizar um filme, um vídeo, um programa específico de computador com que proposta pedagógica? Não basta o aspecto atrativo da novidade da técnica, da aparelhagem. Como fazer dele um instrumento de cooperação no intuito de integrar idéias para uma construção solidária? Sem deixar de lado idéias, posturas distintas, ou seja, respeitando as diferenças visualizando-as como complementares, questionadoras e enriquecedoras.
Outro aspecto a ser levado em conta é a aproximação entre a vida cotidiana e o uso das tecnologias em sala de aula como um atrativo. Complementando o seu uso é incluído um questionamento do que é visto, sem deixar de lado a questão ética, sem deixar proposições ideológicas e de mercado mostrarem-se como verdades totais, fechadas. O enfoque deve ser a proposta pedagógica.
“O trabalho docente deve ser tanto como aprender a ensinar quanto como ensinar a aprender” (Raquel Barreto). Pode-se entender de que incluído na proposta pedagógica do professor está o seu Envolvimento neste processo, não apenas na aprendizagem e familiarização com as novas TICs, mas nos Objetivos e nas Maneiras como elas serão inseridas nesta proposta. Me parece que elas estão ocupando um papel central em um momento em que a essência-Educação está tendo em papel secundário.
A dimensão social da ciência e da técnica, o consumismo das tecnologias, nos leva a pensar na elaboração de que conhecimento está sendo construindo?
Que tipo de sociedade queremos e/ou que tipo de sociedade estamos colaborando na construção? Que valores estão implícitos neste momento social em que vivemos? Como professores, que valores estamos transmitindo na formação dos alunos?
Aspectos como a integração de idéias, de pessoas, a criatividade, o respeito ao individual e ao coletivo, a valorização do diferente, da potencialidade e da complexidade, nos torna capazes de produzir sentidos, de estabelecer redes de saberes, de construir Conhecimento-Emancipação. E as novas TICs são instrumentos facilitadores neste processo inacabado.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
domingo, 18 de novembro de 2007
Um novo ensino em um novo mundo:
Estamos vivendo em um mundo em rápida transformação. Este é um fato ao qual não podemos nos negar a perceber, pois ele se reflete em nossa vida diária: no trabalho, no lazer, no convívio com as pessoas, nas mais simples atividades em que cada um de nós nos envolve. Nas últimas décadas passaram a fazer parte de nossas vidas instrumentos facilitadores como: os eletrodomésticos caseiros, o celular, os cartões magnéticos, a câmera digital, o xerox, o computador, a impressora, etc... Para o lazer foi incorporado o vídeo game, o dvd, o mp3, I-Pod, a internet com seus recursos de comunicação como os e-mails e as comunidades de relacionamento.
Não podemos como professor “fechar os olhos” para uma mudança de valores, de conceitos que estão surgindo em decorrência das mudanças tecnológicas presentes. É necessário compreender que inevitavelmente um novo paradigma de educação também precisa se estabelecer. Não é possível negar que se as pessoas individualmente seguem um movimento de mudança também é necessária uma mudança no sistema de ensino/aprendizagem.
Precisamos repensar: o que é ensino? O que é aprendizagem? Lembramos o conceito de Educação Bancária de Paulo Freire, onde os alunos são apenas uns “depositários de informações”. Neste caso, há ensino? Há aprendizagem? É necessário repensar este fato relembrando aqueles alunos desmotivados frente a este tipo de aula. E não esquecer, daquelas turmas de alunos onde o professor se esforça em colocar mais qualidade no seu dia-a-dia profissional, pesquisando novas formas de estimulá-los, tornando suas aulas mais dinâmicas e envolventes. Geralmente é um professor que se sente mais estimulado a “produzir” e “viver” uma boa aula. É o efeito ação/reação que se torna claro.
Não é possível, nem eficiente, aprender a utilizar o computador, em uma sala de aula e/ou na preparação de uma aula, sem modificar antes a visão pedagógica deste professor. Somente o seu uso não oferece a garantia de mudança de paradigma da educação, a mudança de valores e conceitos, de estruturação do processo ensino/aprendizagem. É necessário repensar a ética envolvida nele. E isto requer, antes de mais nada, comprometimento de ambos - professor e aluno. O professor deve estar disponível para um aprender constante e ter humildade suficiente para tal. Deve manter um espaço aberto constantemente, estimulando o aluno a construir seus próprios conhecimentos. O computador, servirá apenas como um instrumento, um local aberto, disponível, capaz de oferecer sempre e de maneira ilimitada, informações, possibilidades para tal construção. O aluno fica liberado de tarefas repetitivas, não- participativas, apenas receptivas, de aulas pré-determinadas ano-a-ano, que tornam-se cansativas e desmotivadoras. A simulação de situações em computador, por exemplo, é uma das possibilidades de vivenciar algo que anteriormente só poderia ser analisado e compreendido através da leitura de um texto no livro. Outro aspecto importante é o estímulo à troca, à complementação, ao trabalho grupal. Uma construção onde cada indivíduo e cada colaboração sua é valorizada no grupo e, através dele acrescentada a cada construção individual. O grupo (seja da sala de aula, da escola, entre escolas) enriquece entre si e por si mesmo buscando subsídios na internet. Neste processo o professor é intermediário, mediador, estimulador e reforçador. É uma referência que organiza e avalia a participação, o interesse e o crescimento conseqüente do processo de cada um dos seus alunos.
A internet hoje incorporada também na vida profissional do professor, é algo que, se for utilizado com orientação pedagógica, é enriquecedor para todos os envolvidos. Trabalha em seu contexto a ética humana, valores de convivência em grupo, colaboração e cooperação, responsabilidade, valorização das individualidades, reconhecimento das capacidades, do potencial de cada um, estando inserido no contexto atual mundial, atendendo as necessidades de evolução, de crescimento pessoal e profissional. Esta máquina, o computador com os recursos da internet, por mais eficiente e infinita que sejam suas possibilidades, jamais substituirá a função e a presença do professor, pois este é dotado de sentimento e criatividade, o que o faz único e insubstituível. Sem ele o computador torna-se um instrumento incompleto.
Não podemos como professor “fechar os olhos” para uma mudança de valores, de conceitos que estão surgindo em decorrência das mudanças tecnológicas presentes. É necessário compreender que inevitavelmente um novo paradigma de educação também precisa se estabelecer. Não é possível negar que se as pessoas individualmente seguem um movimento de mudança também é necessária uma mudança no sistema de ensino/aprendizagem.
Precisamos repensar: o que é ensino? O que é aprendizagem? Lembramos o conceito de Educação Bancária de Paulo Freire, onde os alunos são apenas uns “depositários de informações”. Neste caso, há ensino? Há aprendizagem? É necessário repensar este fato relembrando aqueles alunos desmotivados frente a este tipo de aula. E não esquecer, daquelas turmas de alunos onde o professor se esforça em colocar mais qualidade no seu dia-a-dia profissional, pesquisando novas formas de estimulá-los, tornando suas aulas mais dinâmicas e envolventes. Geralmente é um professor que se sente mais estimulado a “produzir” e “viver” uma boa aula. É o efeito ação/reação que se torna claro.
Não é possível, nem eficiente, aprender a utilizar o computador, em uma sala de aula e/ou na preparação de uma aula, sem modificar antes a visão pedagógica deste professor. Somente o seu uso não oferece a garantia de mudança de paradigma da educação, a mudança de valores e conceitos, de estruturação do processo ensino/aprendizagem. É necessário repensar a ética envolvida nele. E isto requer, antes de mais nada, comprometimento de ambos - professor e aluno. O professor deve estar disponível para um aprender constante e ter humildade suficiente para tal. Deve manter um espaço aberto constantemente, estimulando o aluno a construir seus próprios conhecimentos. O computador, servirá apenas como um instrumento, um local aberto, disponível, capaz de oferecer sempre e de maneira ilimitada, informações, possibilidades para tal construção. O aluno fica liberado de tarefas repetitivas, não- participativas, apenas receptivas, de aulas pré-determinadas ano-a-ano, que tornam-se cansativas e desmotivadoras. A simulação de situações em computador, por exemplo, é uma das possibilidades de vivenciar algo que anteriormente só poderia ser analisado e compreendido através da leitura de um texto no livro. Outro aspecto importante é o estímulo à troca, à complementação, ao trabalho grupal. Uma construção onde cada indivíduo e cada colaboração sua é valorizada no grupo e, através dele acrescentada a cada construção individual. O grupo (seja da sala de aula, da escola, entre escolas) enriquece entre si e por si mesmo buscando subsídios na internet. Neste processo o professor é intermediário, mediador, estimulador e reforçador. É uma referência que organiza e avalia a participação, o interesse e o crescimento conseqüente do processo de cada um dos seus alunos.
A internet hoje incorporada também na vida profissional do professor, é algo que, se for utilizado com orientação pedagógica, é enriquecedor para todos os envolvidos. Trabalha em seu contexto a ética humana, valores de convivência em grupo, colaboração e cooperação, responsabilidade, valorização das individualidades, reconhecimento das capacidades, do potencial de cada um, estando inserido no contexto atual mundial, atendendo as necessidades de evolução, de crescimento pessoal e profissional. Esta máquina, o computador com os recursos da internet, por mais eficiente e infinita que sejam suas possibilidades, jamais substituirá a função e a presença do professor, pois este é dotado de sentimento e criatividade, o que o faz único e insubstituível. Sem ele o computador torna-se um instrumento incompleto.
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