segunda-feira, 25 de abril de 2011

Para Entender as Mídias Sociais - livro



Para entender as mídias sociais é necessário, antes de tudo, ter em mente que se trata de um conhecimento multifacetado e interdisciplinar. Daí a tentativa de buscar profissionais de diferentes áreas para lançarem olhares distintos sobre um universo que tanto nos fascina.

Movidos pela efervescência de ideias que nascem e se aprimoram dia após dia pelas infovias lançamos, agora, o ebook coletivo "Para Entender as Mídias Sociais".

Embora o título aponte para um "beabá" - a fácil compreensão norteou o trabalho dos autores -, este livro está longe de esgotar a amplitude do debate e dos conceitos que permeiam as redes de relacionamento. Na busca constante - e talvez eterna - de avançar nesses entendimentos, é preciso que você continue o debate, crie novas perspectivas. Só assim este livro terá cumprido a sua meta.

Depois de dois meses, uma troca intensa de e-mails, conversas animadas e muita ansiedade, aí está ebook "Para Entender as Mídias Sociais".

O arquivo está em PDF e tem 1,2 Mb. Você pode escolher qualquer dos serviços abaixo. O livro é gratuito.
Baixar pelo Issuu, pelo 4shared, pelo Scribd, pelo Slideshare.

Saiba quem são os autores envolvidos no projeto:

A maioria deles foi abordada no final de fevereiro e topou, com uma dedicação cada vez mais rara, o desafio de escrever sobre temas tão complexos em poucos parágrafos. São profissionais de comunicação, tecnologia, educadores, pesquisadores acadêmicos, gente com um expertise imenso em mídias sociais.

Não houve uma "seleção", mas um mapeamento sobre quem é referência em cada assunto que compõe o livro. Um critério, porém, se fez necessário: os autores de "Para Entender as Mídias Sociais" não poderiam ter participado do livro "Para Entender a Internet", organizado e publicado em 2009 pelo Juliano Spyer (cujo modelo deu origem ao trabalho de agora). A razão deste critério foi uma só: tornar a discussão sobre cultura de rede ainda mais heterogênea.

E para o bem da pluralidade de olhares que atravessa as mídias sociais, também compõem este livro autores que tive a alegria de conhecer durante o projeto, seja por indicação de colaboradores, seja por eles mesmos terem se prontificado a escrever sobre temas importantes e ainda não contemplados no escopo inicial.

Ainda assim, este ebook não se pretende completo. E para falar bem a verdade, já guardo na manga uma lista de temas e autores que não consegui reunir neste volume - alguns, inclusive, que bateram à porta agora, mas não houve tempo hábil.

Com vocês, os autores de "Para Entender as Mídias Sociais":

PREFÁCIO E APRESENTAÇÕES
Juliano Spyer
Edney Souza
Raquel Recuero

NÚCLEO BASES
Walter Lima
Rafael Sbarai
Alexandre Inagaki
Rogerio Fratin
Carril Fernando
Rafael Kenski
Caroline Andreis

NÚCLEO MERCADO
Gil Giardelli
Guilherme Valadares
Eric Messa
Ian Black
Thiane Loureiro
Ricardo Almeida
Carolina Terra
Nanni Rios

NÚCLEO REDAÇÃO
Pollyana Ferrari
Ana Brambilla
Luciana Carvalho
Rodrigo Martins
Nívia Carvalho
Barbara Nickel
Filipe Speck

NÚCLEO PERSONA
Ivan Guevara
Gisele Ramos
Willian Araújo
Katia Abreu
Jorge Rocha
Susan Liesenberg

NÚCLEO SOCIAL
Marcelo Soares
Ivone Rocha
Rony Vainzof
Fernando Barreto
Bianca Santana e Carolina Rossini
Rafael Gomes
João Carlos Caribé

Quer ser um autor de "Para Entender as Mídias Sociais"?

Se você faz pesquisa ou trabalha com em algum assunto que esteja ligado às redes de relacionamento, colabore com o próximo ebook "Para Entender as Mídias Sociais".
Mande sua proposta de artigo para anabrambilla@gmail.com

sábado, 23 de abril de 2011

Ensino à distância ganha credibilidade


disponivem em: http://www.educacaoadistancia.blog.br/ensino-a-distancia-ganha-credibilidade/

Ao ter uma plataforma digital, os cursos de EaD possuem um potencial de comunicação multidirecional, ou seja, a interatividade entre professor e aluno e entre os próprios colegas é infinita.

Quando Daniel Filippon resolveu voltar à faculdade 10 anos depois, em 2009, deparou-se com mensalidades altas e horários fixos demais para a sua vida atual. “A rotina me mata e voltar para a universidade me custaria a parcela de um apartamento por mês”, recorda. A solução foi fazer o curso escolhido, Gestão da Tecnologia da Informação, à distância, na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). “Agora pago metade do preço de um curso tradicional”, afirma o aluno, que monta os seus próprios horários de estudo.

Esse é o principal objetivo da educação à distância: a flexibilidade. “Aquele que procura essa modalidade não tem disponibilidade de se deslocar para um determinado lugar e estar presente em 75% das aulas”, explica o especialista em Tecnologia Educacional Wendel Freire sobre um modelo de ensino que cresce 40% ao ano. “Escolha e adequação não são decididas por um educador ou por um sistema qualquer, mas pelo indivíduo e pelas suas demandas”, completa.

Freire alerta para a escolha do curso. O aluno interessado no ensino a distância deve descobrir o máximo possível sobre a estruturação do curso, desde o modelo de tutoria e da formação dos professores até o tempo de resposta às solicitações do aluno, além das ferramentas de comunicação e de seus usos. Além disso, sempre é válido buscar informações fora da instituição, como fez Filippon. “Levei em conta a indicação de alguns colegas e o fato de que a Unisul é referência nacional EaD”, afirma.

Outra questão importante na hora da escolha é o formato. Ao ter uma plataforma digital, os cursos de EaD possuem um potencial de comunicação multidirecional, ou seja, a interatividade entre professor e aluno e entre os próprios colegas é infinita. Porém, muitos deles estruturam-se como um modelo unidirecional, em que o aluno apenas recebe conteúdo. “Isso os torna tecnicistas e devem ser evitados, pois não exploram o que há de mais positivo da presença das novas tecnologias: a liberação do polo de emissão”, lamenta Freire.

Apesar das possibilidades interativas que a tecnologia trouxe para o universo dos estudos, a convivência entre os alunos ainda faz falta para quem estuda nesse novo formato de aulas. “É quase zero, eu gostava muito de conviver com os colegas na época em que estava na faculdade normal”, lembra Filippon. Porém, Freire acredita que há, sim, convívio entre os estudantes, já que essa estrutura de ensino inclui encontros presenciais, fóruns e chats. “Veremos em um futuro breve uma aproximação das plataformas de ensino à distância com os formatos comunicacionais das chamadas redes sociais”, diz. Para o educador, assim as relações entre os colegas ficará mais estreitas, o que vai possibilitar a diminuição do que, nao sua opinião, é o maior problema da educação à distância, que é o alto índice de evasão.

Outro problema já em parte superado no Brasil reside no preconceito com esse modelo pouco tradicional de ensinar. “A palavra ‘distância’ acaba carimbando nessa modalidade a ideia de que não há proximidade, o que não é verdade, pois muitas vezes acontecem mais interações nesses espaços do que no ensino presencial”, conta Freire. Para Filippon, há quem olhe com cara feia para os EaDs, porém o mercado de Tecnologia da Informação – acostumado com o mundo digital – dá menos valor para o formato da graduação e mais para o reconhecimento do profissional. “O canudo agora é só para definir contratação, não se analisa onde a pessoa estudou”, opina.

8 dicas para tornar o seu estudo a distância mais eficiente


Diaponivel em: http://www.educacaoadistancia.blog.br/8-dicas-para-tornar-o-seu-estudo-a-distancia-mais-eficiente/#respond

Modalidade exige muito mais do que um computador. Saiba como aproveitar os benefícios e contornar as deficiências do método de ensino.

Se ao invés do tradicional ensino presencial você optar por um curso a distância, saiba que não basta apenas substituir às salas de aulas por um computador. Embora a modalidade não estipule grande horária fixa e permita a realização de atividades simultâneas, é preciso saber priorizar os estudos, planejar a rotina acadêmica e recorrer aos recursos tecnológicos. Confira oito dicas da Universidade Aberta de Madri (UDIMA) que vão auxiliá-lo a tirar proveito dessa metodologia e tornar o seu processo de aprendizagem mais proveitoso.

1. Organizar o tempo
Defina o tempo necessário de dedicação aos estudos e respeite-o. Ainda que a educação a distância permita realizar simultânea outras atividades (trabalho, família, entretenimento), o segrego está em encontrar o equilíbrio entre os distintos ambitos da vida pessoal.

2. Seja sensato

Nem sempre é possível dedicar-se integralmente aos estudos. Portanto, seja realista e não assuma mais matérias do que a sua agenda permite. Isso porque, ao invés de agilizar a conclusão dos estudos, poderá acumular reprovações.

3. Aproveite as TIC’s

Para não se isolar no processo de aprendizagem à distância recorra aos recursos tecnológicos disponíveis nas salas virtuais. Ferramentas como fóruns, wikis, chats, vídeos e realidade virtual, além de incrementarem o ensino/aprendizagem, são pontos de encontro de estudantes e docentes.

4. Motive-se

Ainda que a maioria dos estudantes desta modalidade não disponha de muito tempo para o estudo, é necessário encontrar a motivação para cumprir as atividades propostas pelo curso ao menos uma vez por dia. Não deixe que a rotina cansativa de trabalho te desvie desse foco. O ensino a distância exige consistência.

5. Priorize sempre

Identifique as obrigações e as tarefas mais urgentes para realizá-las em primeiro lugar. O ideal é estabelecer metas diárias e realistas. Programe metas relativamente fáceis de ser alcançadas.

6. Amplie os conhecimentos

Desperte em você a inquietude pela descoberta de novos conhecimentos e não se limite apenas ao conteúdo das aulas. Consulte fontes complementares para favorecer a expansão dos aprendizados.

7. Não tenha vergonha de perguntar

É necessário ter uma relação fluída com professores e tutores. Na educação a distância você terá uma atenção personalizada, individualizada e permanente. Use e abuse desse benefício.

8. Realize as atividades e exames nos prazos indicados

É aconselhável que realize a tempo as atividades e os testes propostos pelos professores ao longo do curso.

Educação a Distância trilha novos caminhos


Disponivel em: http://www.educacaoadistancia.blog.br/no-caminho-do-novo/#respond



Mesmo com dificuldades a enfrentar, a educação a distância vai na direção de se firmar como uma certeza pedagógica e não apenas como uma alternativa ao ensino presencial.

O ano de 2011 é um novo marco na regulação da Educação a Distância (EAD) no Brasil. Em janeiro, o ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou o fim da Secretaria de Ensino a Distância (Seed), há 15 anos a principal instância de regulação e direcionamento da modalidade no país. As possíveis conseqüên­cias da medida ainda são incertas, já que o MEC não se pronunciou oficialmente a respeito. Algo é certo, entretanto: apesar dos obstáculos a serem superados, a educação a distância começa a trilhar um caminho próprio, a sair da sombra e a influenciar o ensino presencial.

“Vivemos em um mundo onde a tecnologia muda o cenário dos ambientes de aprendizagem”, atesta o coordenador do Núcleo de Educação a Distância (NEaD) da Unesp, Klaus Schlünzen Junior.

O Brasil é o quinto maior país do mundo em conexão com a internet – são 81,3 milhões de usuários, de acordo com pesquisas de mercado. Ou seja, estudar virtualmente será cada vez mais comum.

O contexto da educação a distância no país – que desde 2003 tem um crescimento de matrículas maior do que o ensino presencial e tem sido usada como uma ferramenta de inclusão no ensino superior – mostra que a modalidade tem amadurecido e se firmado, inclusive dentro dos cursos presenciais, que podem oferecer 20% dos conteúdos a distância. Entretanto, a definição dos modelos pedagógicos, da regulação e do alcance dos cursos está longe de ser algo simples.

“A educação a distância é um fenômeno educacional novo, e a democratização da internet é muito recente. Nesse contexto, o Brasil precisa de muito mais para estar adaptado a esse ensino”, avalia Jucimara Röesler, diretora da Unisul Virtual. “Mas o MEC tem buscado a fórmula”, acredita.

“Vem aí uma geração digital que domina amplamente as tecnologias de informação e educação e que desenvolve, por natureza, o autodidatismo”, acrescenta Jucimara, que comanda sete mil alunos, em 200 cidades no Brasil, na Unisul Virtual.

Um dos obstáculos, na opinião do segmento educacional, é a exigência da presencialidade em alguns momentos do curso.

O mito da presença
Nesse contexto, fica a questão: se os cursos em sua essência são a distância, por que a necessidade tão preeminente da presencialidade? Garantir a qualidade do ensino oferecido é, de forma sucinta, como o Ministério da Educação responde a essa questão. Entretanto, essa justificativa é questionada, principalmente quando a realidade brasileira é comparada a experiências em outros países. Isso, sem contar com a disseminação da cibercultura.

A geração que não se contenta mais com o ensino pautado apenas na “transmissão” será outro polo definidor desse modelo. Na opinião de Jucimara, desde a educação básica até o ensino superior, a tecnologia oral perderá espaço. “Teremos tecnologias audiovisuais e midiáticas a serviço do processo de aprendizagem”, prevê.

E as universidades, obviamente, terão de se adaptar a esse novo contexto. “Uma universidade é em sua essência aberta. Traz conhecimento, proporciona a educação permanente ao longo da vida, com currículos flexíveis e tecnologias inovadoras”, define Jucimara. “A educação a distância nasce como uma forma de acesso à educação e democratização”, completa.

O consultor associado ao Hoper Group, João Vianney, defende que a questão passa por uma mudança conceitual. “O conceito mundial de educação a distância é ‘anytime, anywhere’. Ou seja, o aluno pode estudar a qualquer tempo e de qualquer lugar”, enfatiza. “No Brasil, o MEC criou o conceito ‘no dia marcado e no lugar marcado’”, compara. Vianney se refere ao fato de o aluno ter de se deslocar até os polos de apoio presenciais, em datas específicas. “O MEC está com a cabeça no século 18. Não acredita que o brasileiro seja capaz de um estudo autônomo, de uma aprendizagem independente e com suporte remoto de uma instituição”, acrescenta.

Desempenho superior
Tais afirmações encontram eco em dados que confirmam algumas das características da EaD, como: flexibilidade de horário e local de estudo; utilização da internet e novas mídias, pesquisa em redes virtuais, como meios do processo de aprendizagem.

O Departamento de Educação dos Estados Unidos realizou em 2010 um levantamento no qual se chegou à conclusão de que estudantes com aprendizagem, parcial ou integral, em EaD obtiveram, na média, desempenho melhor que alunos de mesmo curso do ensino presencial. Os pesquisadores mapearam 1.132 estudos científicos sobre EaD publicados entre 1996 e 2008.

O trabalho teve como objetivo responder aos quatro seguintes questionamentos: como se compara a efetividade do aprendizado on-line com a de uma aprendizagem presencial? Complementar a educação presencial com educação on-line aumenta o aprendizado? Que práticas estão associadas às técnicas mais efetivas de educação on-line? Que condições alteram a efetividade do aprendizado on-line?

No Brasil, a realidade norte-americana se repete. De acordo com o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), os graduados em EaD tiveram, em média, 6,7 pontos a mais em comparação aos resultados dos alunos oriundos dos cursos presenciais.

Ações pulverizadas
Na prática, ao extinguir a Seed, o MEC distribuiu as atribuições da ex-secretaria a outras instâncias ministeriais. A Universidade Aberta do Brasil (UAB) continuará ligada à Capes, e as antigas atribuições de regulação e supervisão do sistema de EaD estarão na alçada da nova Secretaria de Regulação e Supervisão do MEC, ocupada pelo professor Luiz Fernando Massoneto, oriundo da Faculdade de Direito da USP. Até o fechamento desta edição, os novos secretários do MEC ainda não haviam sido oficialmente empossados, e, por isso, não se pronunciaram sobre suas novas atribuições.

No Brasil, segundo o Censo 2009, 838.125 alunos estão matriculados em cursos a distância, crescimento de 15,13% em relação a 2008, bem superior aos 0,7% registrado no ensino presencial. Entretanto, ao olhar a série histórica, evidencia-se que essa expansão foi a pior desde 2003. Em 2008, o crescimento de estudantes em EaD atingiu 96,9%. Em seu primeiro pronunciamento em rede nacional à nação, em fevereiro, a presidente Dilma Rousseff disse que “esta é a grande hora da educação brasileira”. Prometeu investir na formação e melhorar a remuneração de professores como uma das estratégias para o “grande salto na qualidade de nosso ensino”.

Apesar de não ter mencionado textualmente a questão da educação a distância, a presidente afirmou: “É hora de acelerar a inclusão digital, pois a juventude brasileira precisa incorporar, ainda mais rapidamente, os novos modos de pensar, informar e produzir que hoje se espalham por todo o planeta”. Ou seja, incorporar os avanços tecnológicos da sociedade no ensino é pauta do governo federal nas ações de educação, em todos os seus níveis.

Para atingir tal meta, um dos primeiros entraves é o preconceito ainda resistente, inclusive entre docentes universitários. Exemplo disso pode ser verificado na unidade da Unesp na cidade de Marília, interior paulista.

“Marília é um campo contrário à EaD. A direção da unidade alega que cursos de pedagogia a distância não têm a qualidade necessária”, informa Klaus Schlünzen Junior, coordenador do Núcleo de Educação a Distância (NEaD) da Universidade Esta­dual Paulista (Unesp). “Eles questionam EaD como modalidade de baixo nível”, diz.

Esse comportamento existe em âmbito acadêmico por “desconhecimento”, na visão de Klaus. “As pessoas criticam EaD sem nunca terem participado dos cursos, sem nunca terem olhado o projeto pedagógico dessa modalidade de ensino”, acredita.

Impacto nos professores
Para reverter a resistência, a estratégia da Unesp é fazer capacitação tecnológica dos professores, principalmente nas graduações de pedagogia. “O professor do ensino fundamental e médio não é formado para usar a tecnologia em sala. Isso é culpa da universidade. Formamos mal os professores”, defende.

Em consequência dessa carência, professores despreparados repetem os equívocos contra a EaD. “Ele torna-se resistente à tecnologia porque não foi formado por meio dela”, atesta. Mas, para o professor Klaus, o modelo presencial não vai acabar “de jeito nenhum”. “Nem a educação a distância pode ser a salvadora de tudo, nem o presencial é o que vale. É uma adequação de contexto e demanda”, diz.

O presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), Fredric Michael Litto, também ressalta a importância do professor na disseminação da cultura em EaD. “Estamos numa transição extremamente dolorosa e numa paralisia paradigmática”, pondera. Litto vê como paradigma a atuação do professor, que no passado dominava todo o conteúdo e era responsável por “entregar” o conhecimento ao aluno. “Isso vai contra todas as novas ideias de educação”, defende.

Agora o papel do professor tornou-se mais relevante. “O professor tem de levar os alunos a interpretar, organizar as atividades dos estudantes de forma a aproximá-los do conhecimento, trabalhando em grupos ou individualmente”, acredita. E ressalta: “Nenhuma tecnologia pode substituir o bom professor”.

Litto também pondera ações práticas que poderiam ser adotadas pelas instituições de ensino, principalmente as particulares, para acabar com o preconceito. “Elas deveriam fazer mais pesquisas quantitativas sobre seus egressos para saber como eles estão indo no mercado de trabalho e mostrar que esses alunos são mais proativos e tornam-se melhores executivos”, sugere.