terça-feira, 31 de maio de 2011

Estudo diz que cérebro limita nº de contatos em redes sociais


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Estudo diz que cérebro não permite interação com mais de 150 amigos simultaneamente

Um novo estudo, recém apresentado pela Universidade de Cornell, em Nova York, afirma que o limite máximo de contatos sociais que um mesmo indivíduo é capaz de manter pode acontecer também na rede social.

De acordo com a avaliação dos pesquisadores Bruno Gonçalves, Nicola Perra e Alessandro Vespignani, as interconexões de usuários do Twitter parecem reproduzir o modelo conhecido como Número de Dunbar, que sugere, em linhas gerais, que nosso neocortex cerebral, área utilizada para o pensamento consciente e a linguagem, só é capaz de administrar interação com um máximo de 150 contatos simultaneamente.

Este número de contatos parece ter-se mantido constante ao longo da história humana, das aldeias neolíticas às infantarias militares, segundo o site Slashdot, que prossegue informando que, na última década, as redes sociais influenciaram profundamente a forma como as pessoas se conectam, de modo que tuitadores seguem e são seguidos por milhares. Porém, isto não parece mudar nossa capacidade cognitiva.

Inspirados pela evidência empírica da teoria de Dunbar, os pesquisadores propuseram uma dinâmica simples, baseada no encadeamento de prioridades e limitações de tempo, informa a página de acesso ao estudo, mantida pela Universidade. Após a contagem dos tuítes de 1,7 milhão de usuários da rede, ao longo de seis meses, descobriu-se que, no início, as pessoas aumentam seu número de amigos até um ponto de saturação e, em seguida, as conversas com contatos menos importantes começam a se tornar menos frequentes, mantendo-se aquelas com as quais temos maior vínculo, justamente entre 100 e 200, como prevê a teoria de Dunbar.

"Estes dados sugerem que, apesar das modernas redes sociais, somos incapazes de superar as limitações biológicas e físicas para relações sociais estáveis", afirmaram Gonçalves e seus parceiros ao site Technology Review, do MIT.

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