quarta-feira, 8 de junho de 2011

Apple e Microsoft confirmam o caminho reverso: interfaces móveis inspiram usabilidade de desktops


Por Alex Primo
Disponível em: http://www.interney.net/blogs/alexprimo/2011/06/08/apple_e_microsoft_confirmam_o_caminho_re_1/


Até há pouco tempo existia uma grande distância entre as interfaces dos computadores (desktop e notebooks) e de dispositivos móveis. Em virtude do pequeno tamanho das telas, ícones e menus de celulares precisavam ser minimalistas. Desde que o iPhone foi lançado, a interface de smartphones passou ela mesma a ser um ponto de interesse. O sistema operacional Android, do Google, incorporou muitas das lições da Apple e acrescentou suas próprias novidades. Na sequência, a Microsoft reinventou sua versão mobile do Windows e mostrou que era possível seguir um caminho diferente do caminho apontado por aqueles dois concorrentes.

Recentemente um movimento inverso começa a se concretizar. As interfaces desenvolvidas para smartphones e tablets passam a inspirar as telas de computadores e notebooks. A experiência do iOS, do Android e do Windows Mobile, desenvolvidos para telas pequenas, vão agora aperfeiçoar a usabilidade do MacOS X, do Windows e do Chrome OS. Ou seja, os computadores com s sistemas operacionais do Google, da Apple e da Microsoft vão oferecer uma experiência de usuário semelhante àquelas de seus “primos móveis”.

No desafio de maximizar-se a experiência em aparelhos portáteis, aquelas empresas acabaram facilitando o uso das interfaces. Quando parecia que já não havia mais nada a ser inventado nos tradicionais sistemas operacionais, e a quantidade de botões e barras ia aumentando proporcionalmente ao tamanho dos monitores, eis que os projetos de usabilidade redescobriram uma palavra mágica: simplicidade.

Nesta semana, durante a tão esperada palestra de Steve Jobs no WWDC, a Apple confirmou seu compromisso com essa tendência. Se o seus iApps (como iPhoto e iMovie) já haviam ganho funcionalidades em tela cheia, escondendo todos os outros elementos da interface, a mesma ideia será agora aplicada a diversos outros aplicativos. O Mail e tantos outros programas passarão a se parecer com suas versões para iPad e iPhones.

Esse tipo de evolução mostra que sempre que os limites aparecem (a pequena tela de smartphones, por exemplo) a criatividade é mobilizada em prol da usabilidade.

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