quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Para ensinar no tempo do futuro

07/12/11 - Zero Hora

Um professor com conhecimento sólido de sua área disciplinar, cada vez mais ligado às tecnologias e preparado para aplicá-las em sala de aula. Essa é a tendência de perfil de docente apontada por especialistas, que destacam, ainda, a necessidade de reformulação de cursos de licenciatura e de mais investimentos na educação.

Para a pesquisadora Bernardete Gatti, da Fundação Carlos Chagas, a demanda por professores acompanhará o aumento da população. Por isso, ela avalia que é uma carreira promissora do ponto de vista de quantidade de vagas de trabalho.

– Não temos Educação Infantil suficiente para atender as crianças que estão aí hoje, muito menos para as que estão vindo. O Ensino Médio não atende nem 60% dos jovens. Com a expansão demográfica, vamos precisar cada vez mais de docentes e salas de aula – indica a pesquisadora.

É fundamental o professor se apropriar de informações atualizadas, segundo Bernardete, para conseguir lidar com as constantes novidades, como as mídias, que cada vez mais farão parte da educação escolar. Saber lidar com ferramentas de informática, em especial vídeos, sites e redes sociais, será indispensável.

Bernardete explica que, em primeiro lugar, o professor deve dominar os conteúdos da sua disciplina. Depois, precisa ter o controle das tecnologias, pois só assim poderá colocar didaticamente os conhecimentos em aula, de uma forma que atraia os alunos. Na opinião da pesquisadora, no entanto, a formação proporcionada pelos cursos superiores ainda está longe de atender a essas necessidades.

Gerente das licenciatura da Unisinos, Maria Cecília Fischer admite que a conjuntura atual não favorece a carreira de professor, em função da questão salarial e das condições de trabalho, e uma consequência é a diminuição da procura por vagas no vestibular. Mas ela garante que a preocupação em atualizar os currículos dos cursos é permanente.

– O estudante vem para a escola com muito mais informação, e a aula acaba sendo pouco atraente se o professor não levar isso em conta – aponta Maria Cecília.

É um período de adaptação das escolas, diz Cíntia Inês Boll, professora do Departamento de Estudos Especializados da Faculdade de Educação da UFRGS, o que requer um planejamento técnico e, principalmente, pedagógico.

– Muitas instituições já pensam em solicitar tablets em suas listas de material escolar – exemplifica.

Fonte: http://www.universitario.com.br/noticias/n.php?i=12688

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